quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Catarina Rosa

Catarina Rosa, 22 primaveras em 2008, do ultimo dia de algum ano nascida, de família mediana. Mãe, friamente nordestina e adorável filha de algum coronel do interior. Pai, sulista, temperantemente religioso (falso moralismo) e ex-asceta da religião que se julga verdadeira, mas por não conconcordar com a política do voto de pobreza mais do que o da castindade, resolve abdicar de ser pobre e não de ser casto. Dessa vontade de matrimônio, também abençoada pelo sangue do cordeiro cujo nos fala o Senhor no sagrado livro "não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea." (Gn.2,18). Assim origina-se a degeneração abençoada do homem e das duas divinas criaturas irrompe sarcasticamente Catarina Rosa.

1.
Catarina Rosa herda o temperamento dissimulado paternal e a frieza condescendente maternal. Quando criança em escola filantropica católica - que cobrava uma quantia generosa mensal - já olhara maliciosamente para seus coleguinhas de classe revelando algum interesse inconsciente e sinalizando que não tinha tendências homossexuais, apesar de alguns fetiches incomuns na adolescência, diga-se de passagem esta um pouco prolongada. Porém, Catarina Rosa é muito sensível e amável quando gosta, mas muito seca e rude quando quer apenas satisfazer seus desejos, digamos, corporais.

Ela é muito prática, certa vez, ainda criança, tinha esquecido do seu lápis N° 2 em casa. Então viu o do colega ao lado e pegou, pôs na boca suavente e com o cabelo pra frente e fazendo um biquinho de choro - isso aos 10 anos - o colega não resistiu e deu o lápis. Conseguiu o lápis N° 2 sem abrir a boca para dizer: tu podes me emprestar um lápis? Apenas fez um biquinho com o lápis na boca e o cabelo pra frente, biquinho de choro, mas que ficou muito sensual na ocasião que nenhum coleguinha resistiria. Tudo isso conseguido através da arte que trazia consigo de nascença, geneticamente até, a arte da dissimulação.

Catarina Rosa, ainda na 5ª série, já deixava os marmanjos da 8ª babando. Isso causava muita revolta das meninas de sua turma e principalmente das meninas da 8ª. A escola, um casarão antigo do século XVII, muito bem conservado e com esconderijos que até os administradores mais antigos desconheciam. A farda ajudava bastante as seduções de Catarina Rosa, uma blusa branca e uma sainha de pregas que, nela, ficava acima dos joelhos mostrando toda a formosura e belas formas estéticas de suas pernas. Os administradores da escola adotaram a saia por demonstrar mais respeito do que as calças, porém não previram que a saia demonstrava mais desejos do que respeito e as meninas sabiam usar as saias muito bem, pois eram pra ser saias longas só que as meninas dobravam o elástico da cintura para encurtar as saias. Essa arte de encurtas as saias foi idéia de Catarina Rosa disseminada em toda a escola para desespero dos administradores e delírios dos alunos do sexo oposto.

3 comentários:

Unknown disse...

quer dizer que foi catarina que inventou essa historia de saia curta, ne?
hsauhsuahhaushaushaushaus

Vinicius Braga disse...

doido, eu tive dificuldade pra entender algumas coisas. da uma revisada na coesao e na pontuaçao.
no mais, ta engraçado. quem nao conhece alguma menina estilo Catarina Rosa? xD

márcio disse...

hum... Catarina rosa, né? sei...