sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Boi Barrica deixa o Estadão mudo


Mais uma coisa que me faz admirar Sarney. Ele é o único homem no Brasil capaz de conseguir censurar um dos maiores jornais do país depois do fim da ditadura. A vítima é O Estado de São Paulo e seu portal O Estadão. E tudo isso com uma rápidez descomunal na lenta justiça nacional que é uma instituição descreditada pelo povo por se tornar mais mistifica do que muitas religiões e já tem até antropologos estudando as instituições jurídicas brasileiras. Confiram a reportagem de Felipe Recondo, de O Estado de São Paulo, de 31/07/09:



O desembargador Dácio Vieira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), proibiu o jornal O Estado de S. Paulo e o portal Estadão de publicar reportagens que contenham informações da Operação Faktor, mais conhecida como Boi Barrica. O recurso judicial, que pôs o jornal sob censura, foi apresentado pelo empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) - que está no centro de uma crise política no Congresso.



O pedido de Fernando Sarney chegou ao desembargador na quinta-feira, no fim do dia. E pela manhã desta Sexta-feira a liminar havia sido concedida pelo magistrado. O juiz determinou que o Estado não publique mais informações sobre a investigação que a Polícia Federal faz sobre o caso.
Se houver descumprimento da decisão, o desembargador Dácio Vieira determinou aplicação de multa de R$ 150 mil - por "cada ato de violação do presente comando judicial", isto é, para cada reportagem publicada.

Multa

O pedido inicial de Fernando Sarney era para que fosse aplicada multa de R$ 300 mil em caso de descumprimento da decisão judicial.

O advogado do Grupo Estado, Manuel Alceu Afonso Ferreira, avisou que vai recorrer da liminar. "Há um valor constitucional maior, que é o da liberdade de imprensa, principalmente quando esta liberdade se dá em benefício do interesse público", observou Manuel Alceu. "O jornal tomará as medidas cabíveis."
O diretor de Conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour, afirmou que a medida não mudará a conduta do jornal. "O Estado não se intimidará, como nunca em sua história se intimidou. Respeita os parâmetros da lei, mas utiliza métodos jornalísticos lícitos e éticos para levar informações de interesse público à sociedade", disse Gandour.

Os advogados do empresário afirmam que o Estado praticou crime ao publicar trechos das conversas telefônicas gravadas na operação com autorização judicial e alegaram que a divulgação de dados das investigações fere a honra da família Sarney.

‘Diálogos íntimos’

Os advogados que assinam a ação - Marcelo Leal de Lima Oliveira, Benedito Cerezzo Pereira Filho, Janaína Castro de Carvalho Kalume e Eduardo Ferrão - argumentam que uma enxurrada de diálogos íntimos, travados entre membros da família, veio à tona da forma como a reportagem bem entendeu e quis. Sustentam também que, a partir daí, em se tratando de família da mais alta notoriedade, nem é preciso muito esforço para entender que os demais meios de comunicação deram especial atenção ao assunto, leiloando a honra, a intimidade, a privacidade, enfim, aviltando o direito de personalidade de toda a família Sarney.

Portal

As gravações revelaram ligações do presidente do Senado com a contratação de parentes e afilhados políticos por meio de atos secretos. A decisão do desembargador Dácio Vieira faz com que o portal Estadão seja obrigado a suspender a veiculação dos arquivos de áudio relacionados à operação.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Minha Casa, Minha Fila


Estou de volta e vou começar por esta observação de mais uma demonstração de como o grupo Sarney tem a mais alta metodologia em termos de liderança, administração e gestão de recursos humanos no feudo do Maranhão. Através do projeto do Governo Federal (Lula melhor amigo para sempre de Sarney) chamado Minha Casa, Minha Vida! que destinará casas para as familias de baixa renda. Como pobre so se F...elicita para se inscrever eles têm que durmirem nas filas quilometricas se não puderem pagar R$25,00 (vinte e cinco reais) em média para os vendedores de vagas.

Quero deixar claro que sou um profundo admirador e fã do maior oligarca-intelectual brasileiro José Sarney, pois somente ele é capaz de controlar dois Estados com a metodologia masoquista, visto que foi o único a descobrir que quanto mais o povo sofre mais o ama. Com isso, no Maranhão, sua filha - a princisa/guerreira nordestina - transformou o projeto do Governo Federal emprestando-lhe sua forma personalista que passou a ser conhecido como Minha Casa, Minha Fila!

O Governo do Estado do Maranhão de uma forma inteligentissima não disponibilizou as inscrições neste programa pela internet, por saberem que além de sermos o primeiro Estado em número de analfabetos digitais isso poderia diminuir a popularidade da princesa-guerreira porque o povo pobre do maranhão iria ficar muito preguiçoso querendo mexer na tal da internet.

Finalmente o povo masoquista do Maranhão sabe que o número de casas do programa não será proporcional ao tamanho das filas, mas os poucos que receberem sua micro-casa serão eternamente gratos, primeiro ao Papai-do-céu-do-Maranhão, a princesa-guerreira e ao espírito-federal. Assim se encerra a triade metafísico-brasileiro aos moldes do cristianismo medieval com o Pai, o Filho e o Espírito-Santos, todos em um.