sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A Morte de Dona Rosa


Rosa, rosa, rosa
Do jardim a mais formosa
Quando criança, ainda broto
Já prometia um futuro outro

Que não sendo ornamental
Seria bruta, tal o hímem vaginal.
Quando adulta era tão rubra
De um vermelho igual ao clítoris vaginal.

Rosa, rosa, rosa
Quando, Dona Rosa, pensavas
Ser dona do coração da ave bruta
Era tão escrava dela
Quanto o vôo da ave abrupta.

Dona, dona, dona
A rosa nem da morte foi
Metamorfoseando-se em opium
Solitária, só a droga
Da ave ao velorium foi.

Dona, dona, dona
Nem da água pura que as raízes
De Dona Rosa nutria e a ave saciava
Agora filtra, no narguilé,
A fumaça do opium do ódio da mulher.

Sem lhe trazer alívio algum
Em poesia, nem em prosa
Somente salvou-lhe a morte, Dona Rosa.

Flávio Soares...

3 comentários:

Unknown disse...

quero uma rosaa dessaas !

Anônimo disse...

LEGAL SEU BLOG (:

Vinicius Braga disse...

maníaco.
ahuehueaahu
faz um poema falando de buceta
(=