à G. M. de A.
Do bronze frio do metal a pele quente,
Da ondulação do mar ao cabelo atraente,
Da fruta carnuda à boca ardente,
Do macio algodão ao firme ceio,
No corpo dela passeio.
Do místico Egito aos olhos amendoados e
Da aureola solar os mesmos acastanhados,
Da musa grega à barriga esculturada,
Do cedro libanês às pernas torneadas,
No pensar nela atordôo-me.
Da pele, do cabelo, da boca, do ceio,
Dos olhos, da barriga, das pernas, do corpo inteiro,
Incendeio o corpo e a alma que ao queimar
Alimenta e desgasta o ser inteiro.
Angustia prazerosa de vida e morte que é o processo do amor.
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Nota: Este poema foi escrito há algum tempo (2008) e percebi que não o tinha postado, então pondo-o agora, mantive a quem dediquei, embora morta.